Tratamento Proctologia

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Câncer de intestino: prevenção e rastreamento

Rastreamento do câncer intestinal é um conjunto de atitudes que permite identificar pólipos ou câncer no intestino de forma precoce (em tempo de curar).

Quando iniciar o rastreamento? Quem tem risco para câncer intestinal? A maioria das pessoas tem baixo risco ou não apresenta sintomas de pólipos ou de câncer intestinal. Existem algumas regras importantes para orientar o início do rastreamento, de acordo com o perfil individual e familiar de cada um. Estes critérios de indicação para o início do rastreamento são fundamentados no risco individual para desenvolver o câncer intestinal.

Sintomas do câncer de intestino. Uma indicação objetiva para realizar exames para pesquisa de pólipos ou tumor é a presença de sintomas. Tumores de intestino geralmente crescem de forma silenciosa. Nem todo sangramento pelo ânus provém de hemorroidas, assim como hemorroidas não causam câncer. Mas o sangramento proveniente de hemorroidas pode atrapalhar ou confundir o diagnóstico de câncer. Os sintomas de pólipos ou câncer intestinal só aparecem quando estão mais desenvolvidos. É recomendado que você consulte um médico especialista, sempre que apresentar:

  • Sangramento ao defecar ou sangue nas fezes;
  • Mudanças no ritmo de funcionamento intestinal (diarreia e constipação alternados), vontade frequente de ir ao banheiro, sensação de gases ou distensão;
  • Dor ou desconforto abdominal ou anal;
  • Fraqueza, anemia e perda de peso sem causa aparente.

Exames principais para o rastreamento

Exame proctológico

É o exame mais importante para detecção precoce do câncer do ânus e do reto. Este exame consiste no toque retal combinado à retossigmoidoscopia. Nos indivíduos com alto risco, ou naqueles que apresentam sintomas, o exame proctológico deve ser complementado pela colonoscopia.

Pesquisa de sangue oculto

É um teste laboratorial que verifica a presença de sangue não visível nas fezes.

Colonoscopia

É o exame em que o médico especialista avalia através de um equipamento óptico, todo o intestino por dentro. Este exame permite diagnosticar os pólipos, assim como possibilita retirá-los.

Quando deve ser feito e como é o exame de rastreamento? Grupo de risco normal

Pessoas que não apresentam sintomas, não são portadores de doença inflamatória ou não possuem história familiar. Iniciar rastreamento a partir dos 50 anos, através de:

  • Pesquisa de sangue oculto nas fezes (anual);
  • Retossigmoidoscopia anual ou bianual.

Grupo de risco aumentado

Pessoas com sintomas intestinais:

Iniciar os exames de imediato! Pessoas com antecedente pessoal ou familiar de câncer do intestino, ovário, endométrio, mama, tireoide: Iniciar o rastreamento aos 40 anos (ou 10 anos antes do familiar com doença mais precoce) através de colonoscopia.

Pessoas com antecedente de doença inflamatória intestinal (retocolite ou doença de Crohn): Iniciar o rastreamento ao completar 7-10 anos de tratamento da doença. Medidas e atitudes para prevenção do câncer do intestino grosso.

  • Alimentação e estilo de vida saudável são muito importantes;
  • Consumo de fibras (25 a 30g de fibras), frutas e vegetais frescos;
  • Redução de gorduras na dieta (principalmente as de origem animal);
  • Redução do consumo de gordura e de álcool;
  • Cessar o hábito do fumar.

fonte - Sociedade Brasileira de Proctologia

Câncer Anal

O que é o câncer anal?

O ânus é a região que controla a saída das fezes, localizado no final do intestino grosso e liga o intestino ao exterior do corpo. No câncer anal, alterações dessa região fazem com que suas células cresçam descontroladamente, resultando em um comportamento maligno.

O câncer anal é raro. Um tumor anal maligno pode ocorrer na parte externa do ânus (mais comum no sexo feminino) ou na parte interna do canal anal (maior incidência no sexo masculino).

Quem está em risco?

Um maior risco para o surgimento do câncer anal é observado em:

  • Portadores de doenças sexualmente transmissíveis, especialmente o papiloma vírus (HPV) e a AIDS (HIV);
  • Indivíduos com idade acima de 50 anos;
  • Fumantes;
  • Transplantados;
  • Portadores de fístula anal ou feridas abertas;
  • Indivíduos que realizaram radioterapia pélvica;
  • Hábito de ingerir pouca fibra alimentar;
  • Indivíduos que praticam o sexo anal.

Como detectar o câncer anal?

Quando descoberto precocemente, as chances de cura são maiores. Pessoas com as características de risco acima mencionadas devem sempre consultar um coloproctologista. No entanto, existem sintomas de alarme, tais como:

  • Alterações intestinais (intestino preso ou solto) e aumento da força na evacuação;
  • Sangramento ou secreção purulenta nas evacuações;
  • Caroço na área externa ou interna;
  • Dor, pressão ou coceira no local;
  • Inchaço no ânus ou na virilha.

Que exames devem ser realizados?

Para o diagnóstico de câncer do ânus, a colonoscopia não é o exame ideal. O diagnóstico é confirmado pelo coloproctologista, que realiza os seguintes exames: Inspeção e toque retal - o médico verifica se existem alterações externas ou internas da região anal, seguido de:

  • Anuscopia – exame visual do canal anal, realizado com a ajuda de um espéculo chamado anuscópio;
  • Retoscopia - onde um tubo é introduzido na região anal e permite examinar inclusive o reto próximo ao ânus;
  • Ultrassonografia endoanal – que mostra em detalhes os tecidos que formam o ânus, através de imagem;
  • Biópsia - análise de um pequeno fragmento de tecido removido durante o exame, com a finalidade de verificar se há sinais de câncer.

Como é o tratamento?

A escolha do melhor tratamento dependerá do tamanho do tumor, do acometimento dos linfonodos e de suas condições clínicas.

Atualmente, o tratamento inicial é a combinação da radioterapia e quimioterapia. Quando descoberto precocemente, a cirurgia normalmente costuma ser eficaz. Os tumores podem reaparecer, por isso é importante seguir as recomendações médicas e realizar os exames regularmente. Lembrem-se: a descoberta precoce é a melhor prevenção.

Fonte - Sociedade Brasileira de Proctologia

Câncer colorretal e pólipos

O câncer do colorretal (intestino grosso) é a terceira forma de câncer mais comum no Brasil. O risco de desenvolver câncer colorretal durante a vida é cerca de 6% para população geral. O risco é pequeno abaixo dos 40 anos (2%), aumenta gradualmente até os 50 anos e se torna mais importante a cada década seguinte. Felizmente, é possível prevenir e curar o câncer colorretal quando detectado precocemente.

As causas do câncer colorretal não são totalmente conhecidas, mas fatores ambientais e genéticos estão envolvidos. Dieta rica em gordura animal e pobre em fibras, idade avançada e alterações genéticas são fatores de risco conhecidos. O câncer colorretal inicia geralmente a partir de uma pequena lesão benigna (não-cancerosa) na mucosa do intestino chamada 'Pólipo'. Todos nós estamos em risco de desenvolver câncer intestinal, e a maioria das pessoas não apresenta nenhum fator de risco conhecido. Doenças inflamatórias do intestino (Doença de Crohn e Retocolite), Síndromes hereditárias (Polipose Familiar e HNPCC) e história pessoal ou familiar de câncer ou pólipos podem ser consideradas 'alto risco' para o câncer.

O fator de risco mais comum é a história familiar de câncer colorretal (intestino): por exemplo, se você tem um familiar com câncer colorretal, seu risco é duas vezes maior, ou seja, 12%. O risco aumenta quanto mais rica à história de câncer na família, podendo chegar até a 80% (HNPCC) ou 100% (PAF). Por isso conhecer e analisar a história familiar de cada paciente é muito importante.

A grande maioria dos pacientes com câncer colorretal não apresenta nenhum sintoma. Por isso é importante realizar exames regulares de investigação e seguimento, principalmente nas pessoas acima dos 50 anos. Alterações no hábito intestinal, anemia, perda de peso, sangramento nas fezes e dor abdominal podem ser alguns sintomas relacionados com o câncer do intestino e devem ser discutidos com o médico proctologista. Porém, a maioria das pessoas com pólipo ou câncer não tem nenhum sintoma.

A cirurgia é a principal forma de tratamento em praticamente todos os casos de câncer colorretal com o objetivo de cura. Radioterapia e quimioterapia podem ser necessárias além da cirurgia. Aproximadamente 80-90% são passíveis de cura completa quando diagnosticados precocemente. Características particulares presentes em cada tumor influenciam diretamente no tratamento e prognóstico, e cada paciente deve ser avaliado de forma individualizada. Graças a novas tecnologias e técnicas cirúrgicas, menos de 5% dos cânceres colorretais necessitam de colostomia durante o tratamento.

Existem alguns métodos para reduzir o risco ou prevenir o câncer colorretal. O mais efetivo é a remoção dos pólipos por um método endoscópico não-operatório chamado colonoscopia. Além de remover lesões consideradas pré-malignas, este procedimento endoscópico avalia toda a mucosa do intestino grosso, e é usado para investigação e acompanhamento dos pacientes.

Apesar de hemorroidas não estarem relacionadas ao risco de câncer colorretal, elas podem produzir sintomas semelhantes a pólipos ou câncer (ex. sangramento). Se você tiver estes sintomas, você deve ser avaliado por um coloproctologista. Finalmente, pacientes acima dos 50 anos e todos os pacientes considerados de 'Alto Risco', devem incluir o exame colorretal como exame de rotina.

Abscesso Perianal

A acumulação de pus numa cavidade formada acidentalmente nos tecidos orgânicos, ou mesmo em órgão cavitário, em consequência de inflamação. Abscesso anal é uma cavidade em que se forma secreção purulenta (pus) na região anal ou vizinhança. Em geral, é causado pela infecção de pequenas glândulas existentes na parte interna do ânus que é a região onde termina o intestino e que apresenta cerca de 2 a 3 centímetros de extensão do canal anal.

Alguns abscessos podem também ser originados de uma pequena abertura longitudinal, fenda, rachadura, sulco. Qualquer ulceração alongada e superficial. Fissura infectada, que consiste em uma ferida linear no canal anal, mas com alto potencial de desenvolver uma infecção local (leia mais no título Fissura).

Existem causas menos comuns para o surgimento de um abscesso como, por exemplo, o ato de deglutir (engolir) alimentos sem mastigar, podendo levar fragmentos de ossos ou espinhas de peixe até o canal anal. Neste caso, estes fragmentos não são digeridos e passam pelo canal anal podendo gerar uma escoriação, perfuração, que provoca um abscesso e, tardiamente, pode dar lugar à fístula. O abscesso produz um quadro de sintomas relacionados à infecção. É comum a apresentação de dor (contínua e/ou latejante) e inchação na região que se apresenta quente e avermelhada. Também acompanham o quadro: febre, calafrios, cansaço, prostração e inapetência.

Tratamentos mais comuns para os abscessos anais

Os abscessos podem comprometer o estado geral do indivíduo e seu tratamento mais indicado é a drenagem cirúrgica associada à antibioticoterapia. Em alguns casos o abscesso se rompe e drena espontaneamente. O tratamento cirúrgico é realizado através de uma intervenção cirúrgica em um tecido efetuada com instrumento cortante (bisturi ou bisturi elétrico). Incisão que elimina as secreções, o que alivia em muito a dor provocada pela pressão existente dentro do abscesso.

Os pequenos abscessos podem ser drenados sob anestesia local e os abscessos maiores e mais profundos podem necessitar internação hospitalar e a ajuda de um médico anestesista. Nestes casos também está indicada a administração de antibióticos, desta vez por via intravenosa porque se manifestam com mais gravidade. Pacientes portadores de diabetes, leucemia e outras doenças que levam à deficiência imunológica necessitam de cuidados especiais pela gravidade e rapidez com que a infecção pode evoluir.

Fístula anal

O canal patológico que cria uma comunicação entre duas vísceras (fístula interna) ou entre uma víscera e a pele (fístula externa). Canal ou cavidade que comunica duas estruturas de um corpo ou uma estrutura com o meio exterior. Fístula anal ocorre frequentemente como resultado de um abscesso que se formou nesta região. O canal patológico que cria uma comunicação entre duas vísceras (fístula interna) ou entre uma víscera e a pele (fístula externa). Canal ou cavidade que comunica duas estruturas de um corpo ou uma estrutura com o meio exterior. Secreção purulenta contida dentro do abscesso é eliminada, naturalmente ou com ajuda de tratamento médico, dando lugar à formação de uma fístula anal, que é o resultado final da cura de um abscesso desta região.

A fístula, portanto, comunica a região interna do canal anal ou reto até a pele da região externa do períneo ou nádegas. Não é uma complicação do tratamento e sim uma evolução natural da condição. É um problema que exige avaliação e tratamento especializado para sua cura.

Não é sempre que um abscesso desta região produz uma fístula e, por isto, não se pode prever quando um abscesso irá formar uma fístula, podendo ocorrer em cerca de metade dos casos de abscesso anal. Outra causa comum de fístula anal é a doença inflamatória do intestino ou condição inflamatória do intestino e pode ter causas diversas. Colite. Não raro, as fístulas já formadas podem novamente infectar formando um novo abscesso.

Tratamentos mais comuns para a fístula anal

Fístulas são tratadas, na maioria das vezes, através de cirurgia programada. Algumas fístulas podem necessitar de exames antes da cirurgia, como ultrassonografia ou ressonância magnética.

Existem tipos diferentes de fístula. Então, de acordo com as características e profundidade de sua apresentação é escolhido o tipo de cirurgia ou técnica. A fístula anal pode ser mais superficial sendo o seu tratamento mais simples. Neste caso é realizada a abertura e curetagem destes trajetos fistulosos. Essas técnicas são conhecidas como tratamento da fístula através da abertura do canal fistuloso. Fistulotomia e operação para remoção de uma fístula.

Fistulectomia, entretanto nos casos de fístulas complexas, quando é comum o envolvimento dos músculos do cada um de dois esfíncteres que fecham e abrem o ânus. Esfíncter, o tratamento pode se tornar difícil. Por este motivo estas cirurgias devem ser realizadas por médicos cirurgiões especializados (coloproctologistas).

A maioria dos casos tem sua fístula operada em dois tempos (duas cirurgias) com intervalo aproximado de 2 a 4 meses entre as duas. Neste caso, é aplicado um cordão de fio cirúrgico ou de algodão chamado mecha de fios que se introduz em uma prega cutânea, de modo a produzir ou reparar um trajeto fistuloso, com objetivo resolutivo. Sedenho, com vistas a facilitar a segunda cirurgia e poupar o músculo esfíncter.

Outro tipo de cirurgia utilizado atualmente é a técnica em que se utiliza um fragmento de mucosa e músculo proveniente da vizinhança de uma ferida que necessita de tecido para ser recoberta. Retalho, indicado em determinados casos de maior complexidade ou que envolvem uma porção significativa do esfíncter. O reaparecimento de uma doença ou de um sintoma, após período de cura mais ou menos longo; recorrência. Recidiva em todos os tipos de técnica é possível, mas pode ser minimizada através da atenção necessária às recomendações de seu cirurgião.

Fonte - Sociedade Brasileira de Proctologia.

Colonoscopia

Definição e indicações

A colonoscopia é um exame através do qual o revestimento interno do intestino grosso é visualizado diretamente e em tempo real. Este procedimento permite o exame, a coleta de material para estudo da estrutura microscópica, composição e função dos tecidos vivos. Estudo histológico, bem como a remoção de lesões pré-malignas sem a necessidade de intervenção cirúrgica.

É um exame indicado na prevenção do câncer do intestino grosso (colorretal), cuja incidência é crescente em ambos os sexos, a partir dos 50 anos de idade. Também é adequado para a investigação de sinais e sintomas que podem sugerir doença neste segmento.

Eficiência na Prevenção do Câncer Intestinal

A eficiência da colonoscopia na prevenção do câncer pode ser bem compreendida porque os tumores malignos do intestino grosso são causados, em sua grande maioria, pela progressão de lesões benignas e diminutas (os crescimento de tecido pediculado que se desenvolve em uma membrana mucosa (p.ex., nariz, bexiga, reto etc.) em resultado da hipertrofia desta membrana ou como um tumor verdadeiro. pólipos) que ao longo de 5 a 7 anos sofrem modificações que resultam em crescimento e transformação maligna. Se a remoção destes pólipos (polipectomia) for realizada antes que ocorram estas modificações, então o procedimento é capaz de prevenir a ocorrência do câncer do intestino grosso.

Quais os preparativos e como é realizada a colonoscopia?

Para que o exame seja bem sucedido é importante uma preparação cuidadosa visando a eliminação de resíduos que possam prejudicar a visão do examinador. Tal preparação inclui dieta sem fibras e o emprego de medicação laxativa para acelerar o esvaziamento intestinal. O tempo necessário para a completa limpeza do intestino varia individualmente, podendo durar cerca de três horas na maioria dos casos. A colonoscopia pode ser realizada em ambiente hospitalar para proporcionar condições ideais de segurança e conforto ao paciente ou em ambiente ambulatorial que atenda a estas premissas. Como forma de compensar a perda de líquidos e sais minerais decorrente da limpeza intestinal, é recomendável a infusão venosa de solução contendo açúcar, sais minerais e água. O exame pode ser realizado sob assistência de um anestesiologista que cuidará da aplicação de sedativo visando aliviar sensação física desagradável ou desconfortável. Sedação necessária, permitindo assim que a colonoscopia transcorra sem desconforto.

Uma vez concluída a preparação, o paciente é conduzido à sala de endoscopia onde será recebido pela equipe médica responsável pelo procedimento. Após ser aplicada a sedação, o exame é iniciado. O colonoscópio (equipamento flexível, capaz de captar e transmitir as imagens do interior do intestino) é inserido per anus (ou por um estoma já existente) e o médico o faz progredir cuidadosamente, percorrendo todo o intestino grosso. É possível também examinar uma porção do intestino delgado. Nesse trajeto, quaisquer alterações identificadas ou lesões suspeitas são removidas pelo médico examinador com auxílio de instrumentos adequados e, em seguida, encaminhadas a estudo histopatológico.

Em quanto tempo é necessário repetir o exame?

Uma colonoscopia normal, realizada em condições técnicas adequadas (bom preparo intestinal, exame completo, etc) em um paciente de baixo risco, poderá ser repetido em 5 anos com segurança para o programa de prevenção de câncer. A periodicidade com que a colonoscopia deve ser realizada é individual e depende do resultado do exame prévio e do risco de cada paciente.

São considerados pacientes de risco para o desenvolvimento do câncer colorretal aqueles que possuem histórico de câncer de intestino em familiares, e aqueles que possuem doenças que predispoem ao câncer de intestino (leia mais no tópico “Câncer Intestinal”).

Complicações

As complicações são raras na colonoscopia em que não é realizado qualquer procedimento. Nos exames chamados terapêuticos, a incidência é um pouco maior. Embora infrequentes, as complicações são potencialmente graves (hemorragia ou perfuração intestinal), eventualmente requerendo tratamento cirúrgico.

Uma das grandes vantagens da colonoscopia é tornar possível a remoção de pólipos sem a necessidade de uma cirurgia abdominal. Antes do surgimento do aparelho (o colonoscópio) somente era possível remover os pólipos, mesmo pequenos, através de uma cirurgia.

Quando devo marcar uma colonoscopia?

Antes de se submeter a uma colonoscopia, é imperativo consultar-se com o coloproctologista que executará o procedimento a fim de obter todos os esclarecimentos a seu respeito. Esse contato prévio aumenta em muito a segurança da intervenção, permitindo ao médico especialista conhecer em detalhe as condições clínicas do paciente e estimar adequadamente os riscos. Dessa forma, é possível individualizar todas as etapas do exame (limpeza do intestino, tipo de sedação, etc) às condições específicas de cada caso.

Recomendações adicionais

A colonoscopia é um exame empregado no diagnóstico e tratamento das doenças do cólon e do reto. Sua preparação e execução são de complexidade bem superior à de outros procedimentos mais rotineiros como endoscopia digestiva alta, ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética. Por este motivo exige equipe experiente e com treinamento específico para que os bons resultados sejam alcançados com a devida segurança.

É bom lembrar que a colonoscopia não é capaz de avaliar totalmente as doenças anorretais. Algumas doenças do reto inferior e especialmente aquelas do canal anal são mais bem avaliadas com outro tipo de exame (a anuscopia) que é realizado em consultório com um médico coloproctologista. A melhor forma de assegurar que esses critérios sejam cumpridos é buscar os cuidados de um especialista associado à Sociedade Brasileira de Proctologia.

Fonte - Sociedade Brasileira de Proctologia

Constipação

Definição da Constipação

A constipação intestinal é também conhecida por prisão de ventre ou constipação rebelde obstipação intestinal e, mais popularmente, como ”intestino preso” e “prisão de ventre”. Constitui um problema frequente na população geral de todo o mundo, acometendo ambos os sexos e todas as faixas etárias, sendo mais frequente nas mulheres. É caracterizada pela dificuldade constante ou eventual de eliminação das fezes (defecação), levando ao desconforto e outros transtornos ao paciente. Trata-se de um sintoma e não de uma doença especifica. Pode, no entanto, indicar alguma manifestação de doença que necessite investigação para o diagnóstico.

Causas da Constipação

Na maioria dos casos a constipação intestinal não é provocada por um distúrbio de ordem física ou anatômica do trato intestinal. A causa mais comum é a propulsão difícil do bolo fecal em seu caminho em direção ao reto e canal anal. Neste caso, denomina-se constipação primária ou essencial, sendo responsável por 85% ou mais dos casos e provocada pela ingesta alimentar pobre em fibras vegetais e líquidos. Outros fatores podem estar associados e este tipo de constipação, como o sedentarismo ou falta de exercícios físicos, a ansiedade, depressão, o hábito de adiar a ida ao banheiro e os efeitos adversos de algumas medicações, colaborando para alteração ou piora do funcionamento intestinal. A constipação pode, ainda, ser um sintoma associado a doenças de gravidade variada. Em combinação com outras manifestações como perda de peso, ausência de apetite, de vontade de comer. Falta de desejo, de vontade inapetência, dor, cólicas, sangramento, anemia e associados a massa abdominal palpável podem ser entendidos como “sinais de alarme”, indicando a necessidade de uma adequada avaliação médica.

Apresentações da Constipação

São consideradas constipadas as pessoas que apresentam: a) queixas de eliminação de fezes endurecidas; b) frequência de defecação menor do que três vezes por semana; e/ou c) sensação de esvaziamento incompleto do reto. Em crianças menores, que ainda não conseguem relatar seus sintomas, a constipação deve ser considerada na presença de movimentos intestinais dolorosos, acompanhados de desconforto, gritos e manobras para não eliminar as fezes. A eliminação de fezes endurecidas, em fragmento de matéria fecal endurecida e calcificada, com aspecto de pedra, fecálito cíbalos ou fragmentadas, mas de difícil eliminação, é também considerada constipação mesmo que a frequência seja normal.

Diagnóstico e tratamento da Constipação

O diagnóstico da constipação primária é essencialmente clínico, sendo o exame proctológico parte importante. Habitualmente a constipação primária não necessita de investigação complementar específica, podendo ser iniciado o tratamento clínico com o aumento da ingesta oral de fibra vegetal, principalmente por orientação dietética nutricional adequada, ou com adição complementar de fibra (20-30 g / dia) sob a forma de farelos, mucilagens ou sementes e aumento da ingesta de água e líquidos (3 a 4 litros / dia). A melhora do quadro clínico com estas medidas e na ausência de outras alterações confirma o diagnóstico. O paciente deve ainda ser estimulado a alterar hábitos de vida, evitando o sedentarismo, praticando atividade física equilibrada e em alguns casos selecionados, abordagem psicoterápica pode complementar a terapêutica adequada.

Condições especiais da Constipação

Em alguns casos, a constipação pode surgir como manifestação secundária de doença que envolve o organismo como um todo ou em grande parte sistêmica ou gastrointestinal. Nestes casos, apresenta-se de forma aguda ou insidiosa, devendo ser investigada através de exames complementares que podem incluir a colonoscopia, o clister opaco e outros. Nos últimos anos, o melhor entendimento do estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos e dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios fisiologia colônica e da defecação, motivaram o desenvolvimento de novos métodos diagnósticos, que têm sido de grande ajuda para o tratamento de diversas causas de constipação, antes não diagnosticadas. Estas outras causas estão relacionadas a distúrbios da motilidade do bolo fecal desde o cólon até o reto e, finalmente, o ânus. Dentre estes exames, destacam-se a manometria anorretal, o tempo de trânsito colônico, e os estudos dinâmicos do ato evacuatório (videodefecografia e defeco rressonância). Essa avaliação é de grande ajuda nos casos que não respondem à terapêutica convencional, podendo diagnosticar a falta generalizada de contração do cólon, conhecida como falta de reação, de iniciativa; imobilismo, estagnação inércia colônica. Também pode demonstrar a presença de distúrbios funcional ou anatômico do assoalho pélvico que impedem a adequada defecação, denominado defecação obstruída.

Doença Diverticular e Diverticulite

Diverticulose é uma condição comum e consiste na formação de inúmeras pequenas saculações, ou divertículos, na parede do intestino grosso. Acredita-se que esteja relacionada ao aumento das pressões dentro da luz intestinal, por causa de uma dieta pobre em fibras. A diverticulose é muito comum no mundo Ocidental, afetando cerca de 10% das pessoas acima dos 40 anos e 50% acima dos 60 anos. Geralmente não causa sintomas, porém complicações, como sangramento e inflamação - diverticulite, podem ocorrer em até 20% dos casos.

Diverticulite é a inflamação dos divertículos ou saculações. Os sintomas podem ser: dor abdominal (geralmente no quadrante inferior esquerdo), febre e alteração das fezes. Se você já teve ou tem sintomas de diverticulite, é importante procurar o coloproctologista para o diagnóstico correto. O tratamento clínico com antibióticos em ambiente domiciliar ou hospitalar é suficiente na maioria dos casos. Entretanto, alguns pacientes requerem tratamento cirúrgico de emergência. De fato, intervenções cirúrgicas de emergência são necessárias em até 25% dos pacientes com diverticulite aguda. Quando necessárias, estas cirurgias frequentemente envolvem a realização de uma colostomia.

A fim de evitar os riscos de uma cirurgia de emergência e uma possível colostomia, a pacientes jovens, ou com complicações severas da diverticulite (peritonite, abscesso, obstrução), ou com quadros de diverticulite recorrentes, é recomendado o tratamento cirúrgico eletivo. A operação consiste na remoção do segmento do colon afetado, geralmente o colon sigmóide, que é a porção mais comumente afetada pela doença diverticular.

Doença Inflamatória Intestinal

Doença inflamatória intestinal-DII - constitui um grupo de doenças que causam inflamação do trato digestivo. A Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa (RCUI) são as mais comuns e também melhor estudadas. A D. de Crohn e a RCUI podem ser, de muitas maneiras, bastante semelhantes. Ambas causam edema e lesões no tecido do trato gastrintestinal levando a dor abdominal e frequentemente diarreia. A causa exata da Doença inflamatória intestinal ainda não esta bem definida, porem estudos recentes sugerem uma disfunção no sistema imune do organismo. Tanto a Doença de Crohn quanto a RCUI parecem ter um componente familiar e também estarem associados a fatores ambientais.

Dor abdominal, sangramento e diarreia são sintomas comuns na Doença Inflamatória intestinal. Os sintomas geralmente iniciam entre os 15 e 40 anos de idade. Esta e uma doença crônica que acompanha o individuo por toda a vida, porem muitos pacientes podem ter períodos totalmente assintomáticos, chamados períodos de remissão. Como a Doença de Crohn, ao contrario da RCUI, pode afetar desde a boca ate o reto e ânus, os sintomas vão variar de pessoas para pessoa e dependem da porção do trato gastrintestinal afetada. Fistulas, abscessos, oclusão intestinal e lesões perianais são complicações mais frequentes na Doença de Crohn. Artrite, pedra nos rins, inflamação nos olhos e na pele são complicações extras intestinais comuns tanto a Doença de Crohn quanto a Retocolite Ulcerativa.

De fato, a Doença de Crohn e a RCUI são tão similares que podem chegar a ser confundidas entre si. O diagnóstico preciso é importante para que o paciente possa receber o tratamento mais apropriado. Por isso, exames de sangue específicos e exames de imagem, como a colonoscopia e estudo de trânsito intestinal, além do exame físico e história clínica, são fundamentais para o diagnóstico e acompanhamento das Doenças Inflamatórias Intestinais.

O tratamento clinico ou medicamentoso é indicado nas formas iniciais da Doença de Crohn e RCUI. O objetivo do tratamento é suprimir a resposta infamatória alterada do organismo e permitir a cicatrização o tecido gastrintestinal lesado. Uma vez que os sintomas, como a diarreia e dor abdominal, estejam controlados, é possível manter o paciente por longos períodos de remissão (sem sintomas). Porém, até o momento, não existe uma medicação que cure definitivamente a doença inflamatória intestinal. Corticoesteroides, como a prednisona e metilprednisona; aminosalicilatos, como a sulfasalazina e mesalazina ; imunosupressores, como a azatioprina , anticorpos mono clonais específicos, como oinfliximab e adalimumab , e antibióticos, como o metronidazol , são drogas efetivas, entre outras, no tratamento das Doenças Inflamatórias Intestinais, controlando e mantendo a remissão dos sintomas. Doses, interações e associações devem ser discutidas com seu medico.

Nos casos mais avançados, nas complicações (abscessos, fistulas, oclusão intestinal), ou nos casos que não respondem as medicações, o tratamento cirúrgico pode ser necessário. Estima-se que cerca de 75% dos pacientes com Doença de Crohn irão necessitar de cirurgia em algum ponto do tratamento. Porém, menos de 30% dos pacientes portadores de RCUI irá precisar de tratamento cirúrgico. O tipo de operação e o prognóstico do tratamento cirúrgico são específicos para cada doença e para cada cãs, o e devem ser discutidos com o cirurgião coloproctologista.

A Doença Inflamatória Intestinal e um vasto campo de estudo para médicos, cientistas e pesquisadores. Recentemente foram descobertas mutações genéticas envolvidas na causa e predisposição a Doença de Crohn (Gene NOD2). Estudos recentes buscam novas drogas cada vez mais efetivas. É importante, portanto, que médico e paciente estejam atualizados com a dinâmica do tratamento da Doença Inflamatória Intestinal.

Doenças Orificiais

Doença Hemorroidária

Os mamilos hemorroidários são estruturas normais encontradas em todos os seres humanos. Constituem-se de pequenas veias e artérias, formando uma espécie de almofada que se prende à musculatura anal. A doença hemorroidária é diagnosticada quando esses mamilos se tornam prolapsados, inflamados e produzem sintomas que incomodam os pacientes.

Os sintomas mais comuns são sangramentos às evacuações e exteriorização dos mamilos. O sangramento normalmente é vermelho vivo e sua intensidade não se relaciona ao tamanho dos mamilos. Outras queixas relatadas pelos pacientes são de dificuldade para higienização após as evacuações e eliminação de secreção semelhante a muco nas roupas íntimas.

Pacientes que relatam algum nódulo na região perianal, episódios de sangramento ou eliminação de muco, não devem ter o diagnóstico de doença hemorroidária até que sejam avaliados por médico especialista. Várias outras condições que acometem esta região podem apresentar sinais e sintomas semelhantes, por isso, a consulta médica é imperativa para todos os pacientes. O tratamento, seja ele clínico ou cirúrgico, será definido após avaliação médica e levando em consideração o grau de comprometimento que a condição acarreta ao paciente.

Fissura Anal

A fissura anal é um tipo de ferida linear no canal anal que traz grande desconforto para os pacientes. O trauma na região, causado por fezes endurecidas nos pacientes com constipação intestinal é um dos fatores causadores da fissura. De forma contrária, a diarreia também pode estar associada ao aparecimento desta condição.

As queixas mais frequentes são de dor intensa e sangramento às evacuações. A umidade da região perianal pode levar em fase mais tardia ao aparecimento de coceira na região. Conforme discutimos anteriormente para a doença hemorroidária, o médico especialista é a única pessoa habilitada para realizar o correto diagnóstico e tratamento desta condição. Existe um ciclo de dor, medo de evacuar e fezes ressecadas que machucam ainda mais a região que precisa ser quebrado, inicialmente com medidas conservadoras e, em alguns casos, através de cirurgia.

Abscesso Anorretal

O abscesso anorretal é uma coleção de pus que, na maioria das vezes é percebido como um nódulo na região perineal, muito doloroso e que impede o paciente até mesmo de se sentar. Os principais sintomas são dor, febre e mal-estar. A drenagem espontânea de pus pode ocorrer, assim como desconforto para urinar. Mais uma vez, a consulta com médico especialista é fundamental, e o tratamento, quase sempre cirúrgico de imediato, será indicado.

Fístula Perianal

Decorre de infecção das criptas anais, criando uma comunicação entre o canal anal e a região perianal. As fístulas podem ser simples ou complexas, dependendo da quantidade de trajetos e da localização do orifício externo. Alguns abscessos anorretais, depois de drenados, podem evoluir para a formação de fístula perianal, o que não indica que o tratamento realizado foi inadequado, apenas trata-se das fases evolutivas de uma doença que possui a mesma origem.

A principal queixa dos pacientes é de uma nodulação na pele próxima ao ânus, com eliminação de secreção purulenta ou sangue. Esta secreção também pode ser eliminada no orifício interno e, neste caso, a secreção é eliminada misturada às fezes. Alguns pacientes relatam a presença de um abscesso previamente à formação da fístula, que foi drenado espontaneamente ou cirurgicamente.

O tratamento da fístula perianal é uma das condições mais desafiadoras da coloproctologia. Envolve procedimento cirúrgico em uma região intrinsecamente relacionada a todo o conjunto de músculos responsáveis pela continência fecal. Após avaliação especializada, será decidido pelas várias opções cirúrgicas ou por tratamentos mais modernos.

Fissura Anal

A fissura anal é uma pequena úlcera linear, um corte ou ruptura do revestimento do canal anal. Essa doença é comum e atinge mais frequentemente os adultos jovens, podendo ocorrer em qualquer faixa etária. Ambos os sexos são acometidos igualmente. Seus sintomas incluem dor e sangramento e por isto é muitas vezes confundida com os sintomas de hemorróidas.

Sintomas e causas

O doente refere dor na região anal, durante e após as evacuações, acompanhado de sangramento que pode ser visível no vaso sanitário. Coceira e inchaço podem surgir com o passar do tempo. A fissura anal pode se manifestar de forma aguda ou crônica. Na fase aguda a dor pode ser intensa e levar a dificuldade para evacuar ou bloqueio da defecação. Outra manifestação possível nas fissuras é a infecção, podendo levar a abscesso anal.

Tratamento

O tratamento será escolhido pelo seu coloproctologista, após o exame físico, e poderá ser inicialmente conservador (banhos de assento com água morna, pomadas anestésicas, dieta rica em fibras, etc). Seu médico especialista poderá, ainda, associar a prescrição de medicações tópicas especiais que reduzem temporariamente a contratura do esfíncter interno do ânus promovendo a melhora da vascularização local e consequentemente a cicatrização da fissura. Entretanto, em muitos casos essa medicação tópica pode não conseguir ajudar na cicatrização. Em alguns casos a doença pode também retornar (recidivar) mesmo com pleno tratamento clínico.

Hemorroidas

Hemorroidas são veias dilatadas na região anal que manifestam sintomas e por isto é melhor referir como doença hemorroidária. É um problema frequente na população geral. Existem dois tipos de hemorroidas: internas e externas, de acordo com a posição. As hemorroidas externas se formam no canal anal e região externa, sendo recobertas por uma pele bem sensível. Ao contrário, as internas estão na parte bem interna do ânus e são recobertas pela mucosa intestinal.

Sintomas

Os sintomas mais comuns ocorrem durante a defecação: dor, sangramento, prolapso. Algumas vezes, o prolapso é redutível (volta sozinho para dentro após a evacuação). Outras vezes é necessário empurrá-las para dentro. O sangramento pode ter intensidade variável, mas geralmente é vermelho vivo. Uma inchação persistente após defecar pode gerar uma sensação de inflamação, produzindo um desconforto e sendo muito doloroso. A coceira (prurido) ao redor do ânus é também um sintoma comum.

Mulheres grávidas desenvolvem sintomas com freqüência ao final da gestação e que acabam melhorando após a gravidez. Contudo, podem continuar apresentando problemas crônicos e devem procurar cuidados médicos.

O que causa hemorroidas?

A postura ereta característica da raça humana, influencia aumentando a pressão nas veias do ânus. Fatores, tais como: defecação difícil, uso crônico de laxativos, longos períodos sentado no banheiro, gravidez, além de rotinas profissionais ou esportivas, podem ainda aumentar mais esta pressão dentro das veias, o que as leva a dilatar. A hereditariedade (herança genética) também é reconhecida como um fator importante para o desenvolvimento de hemorroidas.

Tratamentos mais comuns

Sintomas leves normalmente são tratados através da correção dos hábitos alimentares, aumentando ingestão de água e de fibras. São boas fontes de fibras os cereais, os alimentos integrais, as frutas e os vegetais. Diminuir o esforço para evacuar é muito importante para não piorar o problema. Nos casos em que as medidas clínicas não resultam em um bom controle dos sintomas, pode ser necessário um tratamento definitivo através de procedimentos, que vão desde a ligadura elástica até a cirurgia propriamente dita.

Fonte: SBCP

Incontinência Anal

Definição

Incontinência é a incapacidade de controlar a eliminação, pelo ânus, de gases ou fezes de consistência líquida, pastosa ou sólida até o momento desejado.

Varia desde pequenas perdas de gás ou líquido até acidentes de grande monta. Independentemente do volume perdido, o paciente pode sentir-se bastante constrangido e inseguro, o que transforma de maneira substancial sua confiança e comportamento social.

Várias alterações na fisiologia anorretal podem causar incontinência, sendo comum a ocorrência de mais de uma deficiência associada. Como exemplo de distúrbios que podem levar à incontinência, destacamos os defeitos da musculatura do períneo causados pelo parto vaginal, os traumas, ou as condições associadas a cirurgias anorretais.

Tratamento

O tratamento nem sempre está baseado em procedimentos cirúrgicos. Ao contrário, estão indicados inicialmente correções do hábito alimentar e das medicações usadas pelo paciente. Atualmente são disponíveis tratamentos como os exercícios de recondicionamento do controle anal (biofeedback), que apresentam bons resultados. Em caso com indicação de tratamento cirúrgico, o cirurgião coloproctologista avaliará e definirá a melhor estratégia ou abordagem. Dentre as várias técnicas disponíveis encontram-se a correção do músculo anal rompido, o reforço da musculatura do canal anal enfraquecida ou, inclusive, as técnicas de preenchimento anal, de implante de esfíncter anal artificial ou de estimulação do nervo sacral.

Fonte: SBCP

Pólipos intestinais

O pólipo intestinal é uma alteração causada pelo crescimento anormal da mucosa do intestino grosso (cólon e reto). É uma das condições mais comuns que afeta o intestino, ocorrendo em 15 a 20% da população. Alguns são baixos e planos, outros são altos e se assemelham a um cogumelo, podendo aparecer em qualquer parte do intestino grosso. Inicialmente são diminutos e benignos (adenoma), podendo crescer até sofrerem transformação maligna (adenocarcinoma). Por este motivo é tão importante a remoção dos pólipos, com a finalidade de prevenir o câncer.

Como surgem os pólipos?

Pólipos intestinais surgem como resultado das alterações (mutações) dos cromossomos de algumas células da mucosa, fazendo com que modifiquem seu comportamento. As mutações podem surgir ao longo da vida. Por esse motivo foram realizados estudos que concluíram que a idade de maior risco para o surgimento dessas alterações (mutações) se inicia após os 50 anos. Entretanto, um maior risco de mutações pode ser transmitido dentro da família (hereditário), o que explica a importância de se pesquisar a história familiar ao analisar o risco de ter a doença.

Quais são os sintomas?

Quando provocam sintomas, podem provocar sangramento, saída de muco com as fezes, alterações no funcionamento do intestino e, em casos raros, dores abdominais. Mas, na maioria das vezes não apresentam sintomas, sendo descobertos com maior frequência através de exames como a colonoscopia ou raios-X contrastados.

Fonte: SBCP

Síndrome do Intestino Irritável

A Síndrome do Intestino Irritável, ou SII, é um problema que afeta basicamente o cólon (intestino grosso) e é capaz de causar diversos sintomas. Por exemplo, SII causa dor abdominal, cólicas, estufamento (gases), diarreia e constipação. SII não é uma doença! É uma desordem funcional, o que significa que o intestino não funciona como deveria; não causa danos ao intestino ou predispõe a outras doenças. Na SII, os nervos e músculos do intestino são ultra sensíveis. Por exemplo, os músculos podem contrair demais quando você se alimenta causando cólicas e diarreia durante ou logo após a alimentação. Ou os nervos da parede intestinal podem ser muito sensíveis à distensão do cólon (por gases, por exemplo), resultando em cólicas e dores abdominais.

Stress emocional não leva a pessoa a desenvolver SII. Mas se você já tem Síndrome do Intestino Irritável, o stress pode desencadear os sintomas. De fato, o intestino pode reagir a vários diferentes estímulos, incluindo alimentos, exercícios e hormônios.

Alguns alimentos como leite e derivados, chocolate, álcool, cafeína e gordura podem desencadear os sintomas. Mulheres com SII, geralmente, têm mais sintomas durante os períodos menstruais.

Antes de se fazer o diagnóstico de Síndrome do Intestino Irritável, é preciso ter certeza de que os sintomas não são causados por outras doenças intestinais (Câncer colorretal e Doença Inflamatória Intestinal, por exemplo).

A Síndrome do Intestino Irritável não tem cura, mas e possível controlar os sintomas. O tratamento geralmente envolve alterações no hábito alimentar, medicações e alívio do stress. Alguns alimentos podem piorar os sintomas na SII: alimentos gordurosos, leite e derivados, chocolate e cafeína devem ser evitados. Outros alimentos podem aliviar os sintomas como as frutas, vegetais e cereais. Para saber quais os tipos de alimentos não fazem bem a você e importante controlar o que você comeu durante o dia; quais os sintomas você teve; quando os sintomas apareceram, etc. Quando necessário, algumas drogas podem ajudar no tratamento.

Procure seu médico coloproctologista ou gastroenterologista para adequada avaliação.


Exames

A Videocolonoscopia ou Endoscopia Digestiva Baixa é o exame mais completo para análise do intestino grosso. Como na endoscopia digestiva alta, o aparelho de colonoscopia traz imagens de alta resolução das paredes internas do cólon, sigmóide e reto. Por esse exame, diversas patologias são diagnosticadas e tratadas.

O principal benefício de submeter-se a uma videocolonoscopia é seu importante papel no diagnóstico precoce do Câncer de cólon, patologia comum na população geral, com maior prevalência quanto mais avançada a idade.

Mais conhecida como Endoscopia Digestiva, ou EDA, esse exame está entre os mais solicitados no mundo. Trata-se de um estudo de imagem em tempo real de todo o tubo digestivo alto, mais precisamente até a segunda porção do duodeno, a primeira parte do intestino delgado.

Por meio de um tubo flexível com um chip de captura de imagem conectados a uma processadora computadorizada, as imagens captadas endoscopicamente trazem detalhes que contribuem para o diagnóstico de uma gama de patologias do esôfago, estômago e duodeno.

Com o uso de pinças de biópsia, fragmentos são colhidos para análise em laboratório de patologia. Hoje, além do diagnóstico, a VEDA propicia também tratamentos de diversas doenças pela técnica denominada Endoscopia Terapêutica. Para a realização do exame, é necessário jejum de pelo menos oito horas. Para maior conforto, durante o exame, são utilizados pelo endoscopista sedativos em doses seguras.

Especialidades

  • Cirurgia Geral
  • Gastroenterologia
  • Cirurgia do Aparelho Digestivo
  • Proctologia
  • Cirurgia Oncológica

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